Serviços e comércios (Parte 03)

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No início da década de 1930, ao longo da Enseada do Zumbi, desenvolveu-se um núcleo comercial, composto pela Leiteria Zumby, o Armazém Flor do Zumby e a residência do Sr. Rômulo de Mattos. Seguia-se então a barbearia do Antônio, a quitanda do Seu Abraão e de Dona Sofia, a alfaiataria do Zé Simões, a Sapataria do Mendes, a sapataria Pereira, o armarinho do Seu Elias; o açougue do seu Carlos e a loja de ferragens do Francisco, esta, no mesmo prédio onde funcionou o Cine Parque Zumbi. O comércio
mais conhecido pela população talvez tenha sido o armazém Flor do Zumby e a Sapataria Pereira, esta, provavelmente pelo seu anúncio nos bondes, que dizia: “Quem corre, cansa! Sapataria Pereira – Praia do Zumbi 82”. A loja foi fundada pelo Sr. Francisco José Pereira, e, anos mais tarde, passou a ser administrada por seu filho, Manoel Pereira.

Ao lado da sapataria Pereira, no lugar do Armarinho, funcionou a Casa Gonçalves, em atividade na Ilha até os dias de hoje. Típico de uma época, o “Armazém Flor do Zumby”, de propriedade de José Corrêa do Valle (ou, para os moradores, Zé do Valle), localizavase na Praia do Zumbi, 73, esquina com a Rua Peixoto de Carvalho, em prédio construído em 1915. De início, pertenceu ao comerciante Rômulo de Mattos. Mais tarde, seu sobrinho, Zé do Valle, veio a trabalhar no armazém, tendo-o adquirido mais tarde.

Pelo anúncio publicado no “Guia da Ilha do Governador” de 1941, percebe-se a variedade de artigos comercializados: “Gêneros de primeira qualidade; Secos e Molhados por
atacado e a varejo; Papelaria e Artigos de perfumaria”. “Ao se entrar no estabelecimento, um mundo à parte: Macarrão organizado em gavetas; arroz e feijão diretamente dos sacos e salgados expostos sobre uma enorme pedra mármore, coisas comuns nas “vendas” da época. No mesmo prédio, depois de encerradas as atividades do Armazém, funcionou uma papelaria, posteriormente revendida ao Sr. Roberto. Mais tarde serviu de sede para uma seita religiosa e mais recentemente para um minimercado e uma marcenaria, porém sem aquela poesia dos antigos armazéns.

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